Ideia é divulgar o nome do clube do Oriente e abrir mercado para venda de uniformes
Ale Vianna/News Free/Gazeta Press
"Craque" chinês é nova arma de Rosemberg para aumentar a renda do Timão
O
Corinthians, que sonhou nesta temporada com estrelas como o holandês
Clarence Seedorf, o argentino Carlitos Tevez e até os santistas Paulo
Henrique Ganso e Neymar, agora está de olho num jogador da seleção da
China, apenas a 75ª colocada no ranking da Fifa e com apenas uma Copa do
Mundo no currículo, em 2002.
O objetivo, no entanto, não é reforçar o time dentro de campo, e sim
ganhar dinheiro com a divulgação do nome da equipe no Oriente e,
consequentemente, ampliar a arrecadação com a venda de camisas e
produtos oficiais.
A ideia foi contada aos risos pelo diretor de marketing do clube,
Luis Paulo Rosenberg, durante palestra na noite desta segunda-feira
(25), em São Paulo.
- Estou trazendo um moleque da seleção chinesa. É ruim de bola, o
desgraça... Mas não faz mal. A chinesada vai saber que tem um chinês
jogando no Brasil, vai pagar os tubos para passar o jogo na TV local e
vai comprar camiseta do Corinthians com o nome do cara. Ling, Shing,
Ling... Tenho que apelar, já que não ganhei a Libertadores.
O jogador seria escalado pela comissão técnica apenas em situações
confortáveis da equipe, como nos minutos finais de vitórias elásticas ou
quando os pontos em jogo não fizerem diferença - por exemplo, num jogo
da fase de classificação do Paulistão em que o time já estiver
classificado.
Não é a primeira vez que o marketing corintiano aposta em solução
incomum para passar as fronteiras do Brasil. Em março deste ano, em
duelo contra o Americana, pelo Campeonato Paulista, o clube preparou
camisa especial de jogo, com uma bandeira do Japão e o nome dos atletas
em japonês, como forma de homenagem às vítimas do terremoto seguido de
tsunami no país asiático.
Atualmente, a marca Corinthians valeria algo em torno de R$ 750 milhões,
conforme pesquisa da consultoria Crowe Horwath RCS publicada no
recém-divulgado relatório de sustentabilidade do clube. O valor é hoje o
maior do futebol brasileiro, à frente de São Paulo e Flamengo.
Apesar
do alto potencial de compra, o mercado asiático começou a ser
respeitado pelo futebol nacional há pouco tempo. Um jogo do Campeonato
Brasileiro por sábado ocorre às 21h, o que em tese afasta o público dos
estádios, mas atende demanda de emissoras da Ásia, onde já é manhã de
domingo. Para Rosemberg, um prato cheio na hora de faturar.
- Quando a China nos conhecer, vou vender mais camisa lá do que aqui.
Vocês vão ver essa internacionalização da República do Corinthians. Isso
vai ser uma loucura.
02/09/2010
Você sabe quem foram os camisas 10 do Corinthians?
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